Aproveitando que este dia está chegando, preparamos este texto para te contar de uma vez por todas a história do Halloween!
Prepare sua fantasia, pegue suas abóboras e nos acompanhe por essa viagem histórica e cultural!
Let’s go!
Os celtas e a história do Halloween
A história do Halloween, festividade também conhecida como Dia das Bruxas, remonta às antigas tradições celtas, destacando-se no festival Samhain.
Celebrada por volta de 1º de novembro, essa festividade marcava não apenas o fim do verão, mas também o início do ano novo celta.
A cosmovisão celta acreditava que, na noite anterior ao festival, o véu entre o mundo dos vivos e dos mortos se tornava mais fino, facultando a visita dos espíritos.
Durante o festival Samhain, fogueiras eram montadas para iluminar a escuridão, e as pessoas se fantasiavam para enganar possíveis entidades e espíritos maldosos.
Essas tradições ancestrais, carregadas de simbolismo, deram início ao vibrante ao Halloween contemporâneo.
O sincretismo na história do Halloween
Com o avanço da cristianização na Europa, a Igreja Católica desempenhou um papel crucial na assimilação das tradições celtas do Samhain, moldando o curso da história do Halloween por meio do sincretismo – uma espécie de fusão entre diferentes crenças e práticas, religiosas ou não.
A Igreja incorporou habilmente esses elementos ao calendário cristão, instituindo o Dia de Todos os Santos em 1º de novembro, seguido pelo Dia de Finados em 2 de novembro.
Essa estratégia visava aproximar práticas consideradas pagãs aos princípios pregados pelo cristianismo, proporcionando uma transição suave entre as tradições antigas e a “nova fé”.
Além do catolicismo, outros sincretismos também contribuíram para a história do Halloween, como a interação entre as práticas indígenas das populações nativas americanas e as tradições europeias trazidas pelos colonizadores.
Dessa forma, o Halloween se tornou um fenômeno cultural complexo!
O papel da imigração na história do Halloween
Durante o século XIX e início do século XX, ocorreu uma grande onda de imigração nos Estados Unidos.
Durante esse período, milhões de pessoas de diversas partes da Europa, Ásia e outras regiões emigraram para lá, em busca de oportunidades econômicas, liberdade religiosa e escape de conflitos.
Entre os grupos de imigrantes que desempenharam um papel significativo na cultura americana estavam os irlandeses, escoceses, alemães, italianos, entre outros.
Na história do Halloween, os imigrantes irlandeses e escoceses trouxeram consigo as tradições do Samhain, incluindo a crença nas barreiras finas entre os mundos dos vivos e dos mortos.
A prática de se vestir com fantasias durante o Samhain também foi incorporada nas celebrações locais.
Por sua vez, elementos como o “trick-or-treat” (travessuras ou gostosuras) têm raízes nas tradições alemãs. Na Alemanha, crianças costumavam pedir doces de porta em porta durante festividades similares.
Comunidades italianas e outras contribuíram para a riqueza cultural das celebrações do Halloween nos Estados Unidos, ao trazerem consigo suas próprias tradições e festividades relacionadas ao outono. Estas contribuições desempenharam um papel importante na formação da atmosfera comunitária que caracteriza muitas celebrações do Halloween.
O processo de fusão de todas essas tradições foi facilitado pela essência mais aberta e adaptável das festividades de outubro, que muitas vezes incluíam elementos de colheita e celebrações de outono.
Jack-o'-Lanterns na história do Halloween
A história por trás da tradição das lanternas de abóbora remonta a uma lenda irlandesa envolvendo um homem chamado Jack.
A lenda conta que Jack era um homem astuto que conseguiu enganar o demônio em várias ocasiões.
No entanto, após a sua morte, ele foi recusado tanto no céu quanto no inferno. Como resultado, Jack foi condenado a vagar pela escuridão com apenas uma brasa de carvão para iluminar seu caminho.
Na tradição celta do Samhain, lá no começo da história do Halloween, as pessoas começaram a esculpir nabos e turnips (uma espécie de nabo) para afastar espíritos malévolos e guiar almas errantes, como a de Jack. Lanternas eram colocadas nas janelas e portas para afastar o mal.
Quando a tradição do Halloween foi levada para os Estados Unidos, onde as abóboras eram mais abundantes do que os nabos, a prática de esculpir Jack-o’-Lanterns mudou para o uso de abóboras.
As abóboras eram grandes, fáceis de esculpir e disponíveis em grande quantidade durante o outono.
Do rural ao urbano
A transformação do Halloween de uma festividade predominantemente rural para uma celebração mais urbana é um fenômeno que ocorreu ao longo do século XX. Essa mudança foi influenciada por mudanças demográficas, econômicas, sociais e culturais.
A primeira e mais evidente é a questão do êxodo rural. No início do século XX, muitas pessoas deixaram áreas rurais em busca de empregos nas cidades, impulsionando um rápido processo de urbanização.
As tradições rurais do Halloween começaram a se adaptar a esse novo contexto urbano.
Vale lembrar que, com diferentes dinâmicas, como o comércio nos centros urbanos, deram uma nova roupagem à cultura da festa.
Elementos do Halloween promovidos por lojas, bem como o desenvolvimento de mídias, contribuíram para sua disseminação nos ambientes urbanos, possibilitando que essa festa chegasse às escolas e às comemorações comunitárias nas ruas.
A tradição do “trick-or–treat” (travessuras ou gostosuras) é um exemplo de como a história do Halloween se adaptou ao contexto urbano, com crianças visitando prédios de apartamentos e residências urbanas, em vez de fazendas ou casas isoladas.
O Halloween na cultura pop e entretenimento
Na primeira metade do século XX, o Halloween ainda era mais focado em brincadeiras e festividades comunitárias.
No entanto, como explicamos anteriormente, com o tempo, a cultura de massa e o marketing começaram a desempenhar um papel significativo, transformando a história do Halloween em algo mais comercial, com ênfase em fantasias, doces e decorações.
O papel crucial na transformação da história do Halloween em um fenômeno da cultura pop foi desempenhado pelo cinema e pela televisão.
Filmes de terror, especialmente aqueles produzidos pela Universal Pictures nas décadas de 1920 e 1930, como “Drácula” e “Frankenstein”, contribuíram para a associação do Halloween com elementos assustadores.
Tradições como o “trick-or-treat” (doces ou travessuras) também se tornaram uma parte central do Halloween nos EUA.
E no México, se celebra o Halloween?
No México, o Dia dos Mortos (Día de los Muertos) é uma celebração tradicional que coincide em datas com o Halloween, mas tem suas próprias raízes e tradições que diferem da história do Halloween.
Por lá, o Dia dos Mortos é uma celebração festiva e colorida dedicada a honrar os entes queridos que já faleceram.
As pessoas frequentam os cemitérios para limpar e decorar os túmulos de seus entes queridos. Acredita-se que as almas dos falecidos retornam para uma visita durante esse período, sendo uma crença que lembra bastante sobre o Festival Samhain, apesar das diferentes motivações.
Conte com o PES em seus mergulhos culturais!
Ufa, essa foi uma verdadeira viagem histórica e cultural. É incrível ver como uma tradição celta e a sua interação com outras culturas gerou uma festa de tão grandes proporções, hoje reconhecida em todos os continentes!
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